segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O Maior cego é aquele que não quer VERDE

Passando pela Av. Fernandes Lima, não pude deixar de ver aquele tóten em forma de árvore que indicava: Um milhão de árvores! Uma contagem decrescente e otimista de uma meta interessante para a nossa cidade. Vejo isso como uma forma de Paisagismo Ambiental. Como diz meu amigo Ricardo Ramalho "o maior cego é aquele que não quer verde".
Creio eu que se tem a pretensão de demonstrar a sociedade que a qualidade de vida está diretamente associada ao entorno ambiental. E aí me lembro de um assunto importante e recente, o qual foi tema de um trabalho de conclusão de curso que orientei: o Eco-Urbanismo. Com ele lembramos que somos parte integral do ecossistema e não parte desassociada do meio ambiente como é encarado pelo urbanismo tradicional.
A idéia é propor a toda a sociedade uma nova forma de realizar urbanismo, com uma proposta multidisciplinar, minimizando o impacto ambiental e maximizando a qualidade de vida. Nele estão inclusos orientações no sistema viário – priorizando o pedestre, o veículo não motorizado e o coletivo –; saneamento e drenagem – reciclagem de lixo, reabastecimento do lençol freático -; paisagismo e outros.
Focado na sustentabilidade, sabemos que o efeito multiplicador desse processo tem conseqüências muito positivas nos âmbitos econômicos, diminuindo desperdícios e gerando novas oportunidades empresariais, como também na área social.
Entende-se também que as condicionantes para construir na cidade são as mesmas tanto para o setor público quanto para o privado.
Em recente premiação da ADEMI-AL, que elegeu os melhores projetos do ano, o grande vencedor foi justamente o ECO – edifício que associa qualidade de projeto dentro de princípios ecológicos.
Percebe-se nos últimos lançamentos imobiliários a preocupação de aumentar a eco eficiência das edificações. Propõem-se o uso racional e reaproveitamento de águas, captação e armazenamento da água das chuvas e das águas servidas (da pia, chuveiro, tanques, etc.) para serviços de limpeza, manutenção dos jardins e descarga em vasos sanitários, aproveitamento de recursos como ventilação natural e da luz do sol.

Curiosidade: Em Dubai, Emirados Árabes, será construído em 2010 um prédio ecológico, giratório e auto-suficiente, abastecido com energia eólica e solar, que será o primeiro de sua espécie. O segundo com as mesmas características será construído em Moscú, Rússia em 2011 e o terceiro em New York em 2012.
Estas torres terão uma altura de 420 metros e permitirá a seus residentes rotacionar seu pavimento o quanto quiserem, sendo possível a mudança da forma de todo o edifício.
Os edifícios do futuro serão verdadeiros eco sistemas que imitarão o equilíbrio natural, levando em conta as mudanças de estação, temperaturas, luz do sol e incorporando a vegetação


Li recentemente na internet que nos Emirados Árabes de Abu Dhabi, em Masdar, se está construindo a cidade mais ecológica do planeta que será inaugurada em 2016. Nessa futura metrópole, não poderão circular carros e só existirá um sistema de transporte composto por trens magnéticos. O desenho contemplou a orientação nordeste a sudoeste da cidade para obter o maior aproveitamento de luz e sombra. Estará abastecida energeticamente por luz solar e torres de vento, e os edifícios não superarão cinco pavimentos. Poderá abrigar cinqüenta mil habitantes e terá 6,5 km2 (seis e meio quilômetros quadrados).Curiosidade não falta pra visitar esta cidade, mas enquanto isso não acontece e eu consiga fazer um pezinho de meia para viajar até lá, cuidemos da nossa cidade.