domingo, 25 de outubro de 2009

Coração cansado.

Dizem que quando estamos com o coração apertado a melhor maneira de se entender é escrevendo. Também dizem que o que não está escrito não está no mundo, então hoje dedico esse artigo ao meu coração apertado. Na verdade coração cansado... cansado de ser julgado.
Não estamos livres de julgamentos por nossos atos e ações. A avaliação que também fazemos dos outros também é inevitável, mas a pergunta é: como fazemos isso? Podemos ser críticos com pessoas que não conhecemos? Podemos conceituá-la a partir de que?
Na verdade não damos chance nem para nós mesmos de entender e ver o outro. Nem nos lembramos de enxergar o próximo como ele é sem estarmos presos a estereótipos criados por uma sociedade que nos rotula como se fossemos produtos ou mesmo diante de nossos preconceitos.
Sei que o desconhecido assusta, principalmente para nos que estamos bem próximo dos 40 ou acima deles e também para quem já teve más experiências de vida ou desapontamentos. Confiança não de compra, se conquista. Mas como é possível crer se não nos abrimos? O medo do desconhecido é cruel. Limita-nos, tira-nos o direito de viver tantas coisas boas, de crescer e se enriquecer com a convivência, de perceber a sutileza de um gesto e de olhar no olho do outro a vontade de ser feliz.
Medo de ser feliz! Medo de acreditar que há outras formas de viver! Medo de entender que cada um tem características próprias e que a grande sacada é aprender a conviver com elas. Pois todos nós, de uma maneira ou de outra, aprendemos a conviver com os nossos pais, irmãos, amigos e colegas de trabalho. Todos, sem exceção, têm coisas que gostamos e outras que nem tanto. Mas que nem por isso deixamos de gostar deles.Mesmo com o coração cansado ainda acredito nas pessoas. Ainda acredito na idéia do olhar do próximo. Ainda acredito na vida e, certamente, ainda me permito acreditar na felicidade.